É, o mundo sempre vai mudar
Se perder pra se encontrar
Uma nova direção pra rumar
E desconcertar
Sim, lembrando como foi o fim
Largando o que é teu
Sempre em frente vai
Ou será que fui?
Tudo é tão perfeito quanto nós
Dias cinzas de perder a voz
Pimento nos olhos
Paulada na cara
Escudo passando por cima do que é teu
E meu
Já tinham me dito pra esquecer
Deixar de lado meu poder
E deixar de ser tão cheio de porquês
Ousem me calar
Eu lembro como se fosse ontem
O fogo cruzando a carne
Os tanques avançando sem pare
O desespero de quem perdeu alguém
A morte à espreita no porão
Árvores queimando na confusão
A morte do certo e do não
O feto do medo e a solidão
Crescendo, pulsando em profusão
A esperança de não se transformar mais em refém
Achando que ninguém salva ninguém
Rezando pra que não vá mais além